Por trás da imagem
Esses dias tive o privilégio de ter uma conversa satisfatória com Pe. Fábio de Melo. Perguntei a ele se podia tratá-lo como uma pessoa normal, com naturalidade. Ele assim me respondeu: “por favor, sinto falta disso”. Alguma coisa sempre me disse que um dia falaríamos. Sempre senti muita intimidade com muitas falas felizes que ele fez publicamente. Contudo, a minha preocupação era de oferecer a ele uma conversa entre iguais, sem desumanizá-lo. Posso dizer: fui tratado como um “amigo”, já com boa afinidade intelectual. Ao passo que fomos falando a conversa já foi ganhando agradável e moderada profundidade. Pude ver o ser humano “Fábio”, como um menino, disposto ainda a escrever para orgulhar sua mãe; parecido comigo. Meu respeito continuou o mesmo, mas foi bom ver por trás das imagens, ouvir uma voz calcada em uma postura sincera. Falamos de filósofos e pensadores, das nossas identificações teóricas. Contudo, fiquei orgulhoso de ver um ser humano com ego sadio, me tratando como igual. E fico orgulhoso de ver que muitos brasileiros ainda têm como referência alguém tão polivalente e bem situado em si, consistente em bons valores. Ele até confessou algumas dificuldades naturais que está enfrentando, das quais não quero falar, mesmo sem que ele tenha pedido segredo. Achei nobre. Foi como receber atenção de quem com Deus tem mais intimidade, embora, eu sinta que, com Deus, eu também tenha livre acesso. Após muitas graças, penso que, a respeito do divino, tenho eu uma apreensão muito particular. Muito obrigado Pe. Fábio! Como as “crônicas” desse jornal virarão um modesto livro, resolvi registrar aqui nosso encontro. Que bom que você disse: continuaremos a conversar. Ser humano “Fábio”: “eu te desejo a paz de uma andorinha, num voo perfeito contemplando o mar’’.
Autor
Muito bom!