Alzheimer: proteína que reconstrói sinapses e recupera a memória é descoberta
A notícia boa mais lida da semana foi esta, da esperança contra o Alzheimer que pode estar em uma proteína. Cientistas descobriram que ela é capaz de reconstruir as sinapses, conexões entre os neurônios que permitem a formação e a recuperação da memória.
O método alternativo é diferente da maior parte das pesquisas atuais sobre tratamentos contra a doença. A chave está na proteína KIBRA, encontrada nos rins e no cérebro, nas chamadas sinapses.
Tratamentos convencionais
Hoje, grande parte das pesquisas científicas sobre o Alzheimer se concentra na redução das proteínas tóxicas, como o tau e a beta-amilóide.
Essas, por sua vez, se acumulam no cérebro à medida que a doença progride, fazendo vários cientistas acreditarem que a chave para regredir a doença pode estar aí.
Como reconstruir sinapses
Para descobrir como o KIBRA afetava as sinapses, eles criaram uma versão funcional abreviada da proteína em ratos de laboratórios.
Os animais tinham uma doença que imitava a doença de Alzheimer humana.
Assim, a proteína foi capaz de resgatar mecanismos que promovem a resiliência das sinapses.
“Curiosamente, o KIBRA restaurou a função sináptica e a memória em camundongos, apesar de não resolver o problema do acúmulo tóxico da proteína tau”, disse Kristeen Pareja-Navarro, coautora do estudo.