Palpitações, meu coração está falhando – As arritmias cardíacas
O nosso criador realmente caprichou e muito na criação do ser humano, particularmente do aparelho cardiovascular. O coração trabalha normalmente entre 50 a 100 contrações por minuto e nas vinte e quatro horas chega a 50 a 100 mil batimentos ou sístoles. Em algumas pessoas normalmente os batimentos ficam em torno de 50, outras pode chegar normalmente a 100 batimentos por minutos. O coração tem um sistema próprio e particular de geração de energia, independentemente de outros setores do organismo, porém sofre influência de fatores internos do próprio organismo como a tireóide e externos como stress, febre, exercícios, ansiedade entre outros. As palpitações ou batimento anormal, rápido ou irregular é uma queixa frequente e pode ser consequência de uma enorme variedade de doenças cardíacas ou não, anemias, medicações. As palpitações devem ser investigadas porque boa parte delas tem origem em doenças cardíacas outras tem origem em moléstias variadas desde ansiedade, depressão, distúrbios da tireóide, anemia entre outros. Uma simples noite mal dormida, ou uma grande preocupação pode liberar adrenalina na corrente sanguínea com falhas no coração ou arritmias, e isto não significa doença. Para que fique bem esclarecido, os batimentos normais do coração variam de 50 a 100 batimentos por minuto, porém em algumas situações como nos atletas, por condicionamento físico os batimentos podem ser inferiores a 50 contrações por minuto. Quando os batimentos forem inferiores a 50 por minutos, chamamos de bradicardia e acima de 100 chamamos de taquicardia; outra situação comum são as falhas ou extra-sístoles, batimentos prematuros, muito frequentes. É importante frisar que ansiedade, pânico, hipoglicemia, distúrbios da tireóide, inúmeras drogas, cafeína, cocaína, estados febris são causas de arritmias. Quando se preocupar e procurar assistência médica? Não é comum entre nós mas o checkup é importante anualmente independente de sintomas ou sinais, uma vez que a prevenção é essencial. Outras situações que merecem avaliação junto as palpitações são falta de ar, cansaço, tontura, mal estar.
O eletrocardiograma de repouso ou ecg é sempre o primeiro exame a ser feito quando se suspeita de arritmias ou palpitações. Outro exame importante é o holter ou eletrocardiografia dinâmica, onde o coração é vigiado por vinte quatro horas ou mais, exame sem contraindicações e de fácil execução. Outros exames podem e devem ser realizados com indicação médica. Exames simples como a dosagem de eletrólitos, como o potássio, hemograma, glicemia e hormônio tireoidiano podem esclarecer as causas das palpitações. Existe na atualidade um grande número de medicamentos e procedimentos para os vários tipos de palpitações ou arritmias. Procure o médico de sua confiança se estiver sentindo palpitações, faça seu checkup periódico e assim previna-se. Lembre-se que o coração pode falhar sem estar necessariamente doente. Na próxima edição conversaremos sobre a insuficiência cardíaca ou coração dilatado e fraco. Até lá.
Referências:
Kalil Filho R, Hajjar LA, Neto SC. Cardiologia Diagnóstica Prática. Hospital Sírio Libanês. Editora Manole SP.2018
Feitosa GS, Nicolau JC e at. Diretrizes para Avaliação e Tratamento de Pacientes com Arritmias Cardíacas. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2016