O Covid e o coração. Atualização!
Aprendemos recentemente sobre esta nova doença, especialmente após a pandemia. O coração e o virus da covid tem uma relação bem próxima. A covid 19 é dividida em fases, na inicial o vírus entra no organismo com replicação viral e ocorre sinais com febre, tosse, diarreia, dores e cefaléia com alterações de exames laboratoriais.; a fase dois com falta de ar, alterações radiológicas e lesões pulmonares na terceira fase poderá ocorrer insuficiência respiratória e necessidade de CTI, forma pulmonar avançada. Não se sabe quem irá para a fase mais avançada e grave, mas aqueles com exames alterados e persistentes são os mais propensos. Duas alterações importantes podem acontecer na infecção pelo vírus da COVID, um processo inflamatório intenso e desenvolvimento de trombose em vários setores do organismo ou seja hiperinflamação e trombogênese. Pode ocorrer choque, insuficiência respiratória, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, entubação e morte. Felizmente em oitenta por cento dos casos acometidos ficam apenas na fase inicial e sem complicações. Em vinte por cento dos casos e quando alterações sanguíneas elevadas a doença pode complicar. No coração o vírus da covid pode levar ao infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, arritmias cardíacas, choque e morte súbita, além de acidente vascular cerebral, complicações pulmonares. A covid na forma grave ocorre principalmente em pessoas com diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias, obesidade, cardiopatas e pneumopatas como dpoc .O diagnóstico precisa ser estabelecido com os exames específicos bem como as complicações com exames radiológicos e outros de imagem desde tomografia, ecocardiograma, ressonância, eletrocardiograma. São complicações outras da covid as lesões pulmonares e insuficiência respiratória em graus variados; embolias pulmonares e de membros. Sobre o tratamento da covid, a cloroquina não está indicada sem nenhuma evidencia científica, piorando o coração com arritmias, e devendo ser evitada; a azitromicina não tem eficácia; a ivermectina não tem base científica, sem nenhuma melhora, bem como vitamina C ou D e zinco que também não tem indicação e nem melhora pelos estudos científicos. Sobre os antivirais, existem estudos em andamento com indicação; sobre a indicação de plasma, existe indicação médica específica segundo alguns estudos. Os corticóides tem indicação médica específica. O isolamento social é importante, a negativação dos exames são importantes. A vacina é essencial, imprescindível e protege a todos.
Fonte: Castro I, Précoma DB, Albuquerque DC, Bacal F, Queiroga M, Dutra OP, Martins WA. Livro-Texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia. 2021. Editora Manole.