Envelhecer em casa: projetando a arquitetura para uma população idosa
A nossa população envelhece. Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que 20% dos brasileiros têm mais de 60 anos. Por isso, a arquitetura para idosos é muito importante. Afinal, é preciso garantir que essas pessoas tenham ambientes seguros, funcionais e confortáveis para viverem, de acordo com suas necessidades. Você sabia que a arquitetura pode contribuir para as pessoas viverem mais?
A verdade é que a arquitetura tem um papel importantíssimo na qualidade de vida. E, conforme envelhecemos, necessitamos de ambientes que compreendam nossas novas necessidades e ofereçam segurança, funcionalidade e aconchego. Nesse sentido, o arquiteto ganha protagonismo, pois pode projetar espaços que promovam a integridade física e emocional das pessoas, incluindo os idosos. Para o arquiteto, a casa do idoso deve ser compartimentada, com muita luz e espaço para armazenar objetos que fazem parte da sua história e, sobretudo, ser acessível sensorialmente. Luan, explica que os idosos não apenas possuem dificuldades locomotoras, mas também sensoriais e a arquitetura pode estimulá-los por meio da cor, luz e textura, ajudando-os a conquistarem mais autonomia. A arquitetura inclusiva foi revisada pela ABNT, com mudanças em algumas normas técnicas — especialmente a NBR 9050, que aborda projetos arquitetônicos e urbanos e demonstra a importância da inclusão social. Quando todos os seus pontos são considerados, é possível evitar problemas como acidentes domésticos, responsáveis por um grande número das hospitalizações dos idosos, além de oferecer mais bem-estar com pequenas adaptações que favoreçam, por exemplo, a visão e a locomoção