E por falar do Amanhecer
Amanhece, o que não é pouco. Tudo está por fazer, se não faz, ficará aí olhando com um ponto de interrogação.
Segue acontecendo coisas indiferente à nossa vontade, nem o relógio necessita de nós, assim que, ou começamos a mudar coisas e pensamentos de lugares, e disto se trata viver, ou ficamos como um simples espectador silencioso olhando e divertindo com as vãs tentativas de organizar o caos.
Uma terceira e pior alternativa seria a de sentirmos espertos conhecedores de tudo, fazendo de juízes e cuidadores do bem que acreditamos, que imaginamos representar e defender nossa única visão do mundo e de como deveriam proceder os demais. Para tanto, é comum fazermos uso de pensamento coletivo mais amplo para sustentar nossas crenças sem fundamento lógico, racional; uma crença política, religiosa, familiar, não importa, tudo é válido para avaliar, julgar, criticar aos outros próximos e não tão próximos.
Do dinheiro que ganha, que gasta, da comida que come que não come, do que faz ou não em sua cama, tudo passa aos olhos destes espertos como coisas erradas, portanto merecedoras de críticas e julgamentos pessoais, sociais e religiosos.
Que bom seria se nos bastasse ocuparmos apenas de nosso caos mental e material, deixando aos outros que ocupem dos seus.
Que bom seria se apenas em um amanhecer nos propuséramos a renascer.
Amanhece, todos os dias.