Apaixonado por Ferrovias, Fabrício coleciona miniaturas sobre trilhos
Pela área urbana de Itaúna de qualquer ponto que estejamos é possível escutar o apito das locomotivas que passam pela antiga ferrovia que corta a cidade, hoje sendo administrada pela VLI Multimodal S.A e que tem sua origem lá na cidade de Araguari – MG indo até o Porto de Tubarão em Vitória no ES, nela transitam locomotivas e vagões que transportam (soja, milho, farelo, minério, ferro gusa, fertilizantes, etc) sendo parte da riqueza produzida em nosso país. Para algumas pessoas é incômodo, seja o barulho, seja a interrupção do tráfego, seja o risco de colisão, enfim existe sim os contrários mas para outras pessoas é paixão especialmente para o itaunense, Fabrício Antônio Costa de 39 anos, não estamos falando de um ferroviário e sim de um estudante de educação física que nutre em seu íntimo uma verdadeira paixão pela máquina sobre trilhos. Fabrício se encanta com os trens no que se refere a força que os motores das locomotivas fazem para tracionar tamanho peso, o ronco dos motores em aceleração, isso o fascina. A ligação da ferrovia com a vida de Fabrício é tamanha que da janela do seu quarto sempre fica atento a passagem dos trens, a ferrovia segundo ele foi muito importante em sua vida, e declara: muito bom ouvir o apito da locomotiva, ver a passagem das composições pela cidade , observar a força que as locomotivas fazem para vencer as fortes rampas, um espetáculo à parte ver o trabalho de cinco locomotivas tracionando no forte morro com mais de 90 vagões, conclui.
Essa paixão começou ainda criança quando passou a ter gosto por colecionar trens e quando ganhou o seu primeiro exemplar estava com apenas 4 anos, um trenzinho infantil de montar e desmontar nas cores azul, verde e vermelho que ainda o tem e guarda com grande zelo. Ao olhar atento dos mais velhos e notando o gosto do pequeno Fabrício por trens, seu avô Sr. Lázaro Ribeiro e seu pai José Antônio sempre o levavam à estação de trem para ver a velha e saudosa locomotiva RFFSA G8 manobrar alguns vagões para serem carregados com ferro gusa no antigo terminal da Sidersa localizado no bairro Irmãos Auler, visto à proximidade com sua residência. Hoje Fabrício possui em média 70 locomotivas em miniaturas, mais de 300 vagões também em miniaturas, são miniaturas produzidas pela empresa Frateschi (empresa brasileira) que reproduzem os trens em 85 vezes menores em relação ao tamanho real. Ainda possui 21 Ferroramas da Estrela que por sua vez são clássicos da década de 80 e 90, raros exemplares guardados nas próprias caixas e os trenzinhos da infância, vários outros kits e conjuntos de trens paralelos aos Ferroramas Estrela. Dentre os mais novos adquiridos estão as locomotivas em miniaturas da VLI e o último lançamento do Ferrorama Estrela XP 300 que a Estrela relançou em homenagem ao cantor Milton Nascimento. Fabrício diz que o que lhe inspira em seus trens em miniaturas é a realidade de um profissional ferroviário, desde a operação até o centro de controle operacional de uma ferrovia que o leva a encantar devido ao realismo das peças, o trenzinho em movimento nos trilhos, é uma verdadeira terapia para sua cabeça, um hobby que desperta sua imaginação e o leva a realidade de uma ferrovia, sua grande paixão. Nos finais de semana Fabrício está sempre manuseando seus trens e Ferroramas, sempre que pode também realiza viagens em trens de passageiros, já fez o percurso Vitória/Minas, Ouro Preto /Mariana, São João del -Rei/Tiradentes e o trajeto do Expresso Turístico, localizado no município de Santo André (SP) e Paranapiacaba (SP). Esse é realmente um passatempo diferente sendo o ferreomodelismo a arte de colecionar trens em miniaturas e que possui adeptos em todo o país e em Itaúna temos o Fabrício como exemplo de um amante dos trens. Em um tempo onde a ansiedade anda em alta e a busca desenfreada por grandes prazeres e realizações é possível encontrar paz e encanto em coisas simples, que faz a nossa vida se tornar mais leve. Busque sempre encontrar a sua paz, pois o que lhe tira ela é algo caro demais que você não deve pagar para ver.