E por falar em silêncio
Leio por aí tudo que se pode ou não fazer para estar contente consigo mesmo, com a vida observada. Também contam da necessidade de andar de acordo com o tempo, tempo de quem? Pode o acaso poder influenciar?
Não conseguimos aprender muito além do que somos, de ouvir o que não falamos, de sentir o que não sentimos.
A bondade e empatia pertence à inocência, e quando a perdemos resta apenas o interesse em todas suas formas; resta o respeito como disfarce do medo.
Pode o vazio e o silêncio ser o início, mas aprendemos a evitá-los. A quietude dá espaço mais aos monstros negados do que aos anjos preferidos, por crermos santos, imaculados à imagem e semelhança.
Quando ainda não compreendemos a validade dos átomos vazios e que somos feitos de átomos, solidificamos não apenas nossos corpos, visíveis, também nossas emoções, as quais são por natureza as que mais causam dano.
É necessário muito mais do que desligar um radio, encontrar um lugar para estar sozinho, uma viagem, um paraíso, uma sessão de yoga, um templo, pode ser que o mais urgente seria a treinar o não pensamento.
A intensidade dos pensamentos e diálogos internos determinam suas emoções, ou seja, a capacidade de avaliar o que vale a pena levar em conta e o que não, e, com muito ruído é impossível.
Sem conseguir calar ou diminuir de uma forma considerável todo este diálogo interno não conseguiremos estar em paz e contentes com o que temos.
O início é um pleno silencio.