E por falar em Carrocel
Subíamos em um quando pequenos em um parque de diversão e não sabíamos quando descer. Mudamos e repetimos de figuras, cavalos, unicórnios, elefantes e a roda segue ignorando nossa vontade de parar, andar pelo parque, provar outras coisas. Os outros, sempre parecem mais contentes, pensando o mesmo que nós.
Não é a música nem as caras que vemos, estas sempre mudam como os bichos que montamos, e a roda, é a mesma.
Seguimos mudando de brinquedos sobre a roda, de pensamentos dentro de nós, a nosso respeito e respeito dos outros. É perigoso saltar da roda, acreditamos.
Tão fácil é seguir como estamos, repetindo, imaginando, desejando e julgando. Afinal somos a imagem e semelhança.
Não encontramos o transcendental na repetição, por mais que o acariciamos. Descer, pode ser começar a importar por não importar com o que se deve importar.
Não existe prêmios em todas as casinhas para o porquinho da índia, algumas estão vazias, em outras cadáveres do passado, pedras e armas.
O preço do céu pode ser o inferno, obriga não a acariciar, mas a abraçar estes cactos que levamos dentro e uma firme decisão em parar de imaginar que o brinquedo do outro seja melhor ou pior que o seu e descer deste carrossel de ilusões equivocadas. Reformar o brinquedo que temos ou descermos da roda, e, tornarmos adultos.
Pode ser que seja melhor importar.